Edição 2025
Rosa, 20 anos, deixou Cabo Verde para se instalar na Reboleira, um bairro pobre de Lisboa. Trabalha num bar para enviar dinheiro para casa para os filhos. Apanhada entre o assédio de criminosos e a violência policial diária, Rosa tenta encontrar consolo entre as mulheres da comunidade. Mas a sua verdadeira fuga é a música...
Ambientado no contexto da Birmânia colonial em 1917, esta aventura épica segue Edward, um oficial colonial britânico que abandona a sua noiva no altar e embarca numa viagem através da Ásia. Enquanto viaja por paisagens exóticas e encontra culturas diversas, Edward luta com os seus medos de compromisso e o peso da responsabilidade colonial. Uma história arrebatadora de amor, autodescoberta e as complexidades das relações humanas num mundo em mudança.
Numa antiga casa senhorial no norte de Portugal, Ana ajuda a sua amiga, Emília, a governanta idosa que está determinada a continuar a manter a casa desocupada em ordem para os proprietários que nunca lá estão. À medida que as estações passam, Mónica, filha de Ana, questiona as escolhas da mãe e as três gerações de mulheres procuram compreender onde pertencem num mundo que está rapidamente a desvanecer-se, onde o ciclo da vida só se renova através de finais inevitáveis.
Liberada, uma figura histórica de género não-conforme perseguida pela Inquisição. Quando a realizadora fica doente, a protagonista tem de superar obstáculos para completar o filme e fazer justiça ao legado do tema.
A história foca-se em Aurora, uma trabalhadora portuguesa num armazém escocês, navegando pela solidão e alienação numa economia de trabalho precário orientada por algoritmos, enquanto procura sentido e conexão em meio à solidão e aos confins do local de trabalho.
Um documentário poderoso que dá voz às mulheres portuguesas de diferentes esferas da vida, partilhando as suas histórias de luta, resistência e triunfo. Desde aldeias rurais a centros urbanos, estas mulheres falam candidamente sobre as suas experiências com desigualdade de género, violência doméstica e a luta pelo reconhecimento numa sociedade tradicionalmente patriarcal. O filme serve tanto como registo histórico quanto como apelo à ação, destacando a batalha contínua pelos direitos das mulheres em Portugal.
1907. Afonso começa uma nova vida numa ilha tropical ao largo da costa africana, como médico de plantação. É encarregado de tratar servos "infetados" pelo Banzo, uma saudade profunda fatal a muitos escravos que sucumbem à fome ou tiram as próprias vidas. Para prevenir a propagação, o grupo é enviado para uma colina isolada cercada por floresta. Afonso tenta curá-los, mas compreender os seus espíritos é um desafio mais forte que qualquer intervenção médica.
Numa ilha vulcânica remota, onde todos querem partir, a pequena Nana aprende, entre marés, a querer ficar. "Mãe, dentro de nós, pedaços partidos são colados com ouro", diz a protagonista Nana, ancorada no futuro, à sua mãe no tempo antes do seu nascimento e antes de partir da ilha, deixando-a aos cuidados da avó. A longa-metragem de estreia de Denise Fernandes impressiona pela serenidade e empatia com que tece um poema visual em forma de filme, tanto através da sua dramaturgia quanto da sequência de imagens que cria. É uma viagem evocativa, com elementos de realismo mágico, explorando noções de identidade e pertença enquanto segue o caminho da protagonista da infância à jovem adolescência na ilha do Fogo, em Cabo Verde. Ela enfrenta o abandono da mãe, apoiada por uma comunidade, com melancolia mas sem cair em qualquer moralismo traumático. O tom é sempre afetuoso, focado em dar novo significado aos pedaços partidos. Vários familiares ou conhecidos deixam aquele lugar, enquanto ela, em contraste com a narrativa dominante, alcança plena emancipação—escolhendo ficar. (Susana Santos Rodrigues)
Contemplando o fracasso da sua vida, Rogério bebe até perder o controlo das suas ações e envolve-se numa briga de bar. A sua deriva alcoólica leva-o ao porto da cidade, onde adormece enquanto observa os navios que passam. Quando uma jovem mulher aparece na noite, aparentemente a fugir de algo, Rogério oferece-se para ajudar e entra num pesadelo que nunca imaginou que pudesse tornar-se seu.
Aos 71 anos, um escritor altamente respeitado, José Cardoso Pires, sofre um AVC grave e perde a memória e a capacidade de se relacionar com o resto do mundo. Todos parecem desafiar o famoso autor a escrever outro romance que conte esta aventura contando a sua "última história", a mais conclusiva da sua carreira, a da sua viagem acidental ao território das sombras claras.
Através dos olhos da sua criança, Patpro irá passar por três períodos da história do seu povo indígena, no coração da floresta brasileira.